segunda-feira, 31 de maio de 2010

HISTÓRICO DA ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA DE VIAMÃO - ETA - RS - BR


Referência do texto acima: FENATA

Foto: Prédio administrativo da escola

ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA DE AGRICULTURA – ETA
RS 040, Km 16 (Rodovia Tapir Rocha) , Passo do Vigário – Viamão/RS/BR
Localizada numa área de 407 hectares

Diretor atual(2010): Professor Evandro Cardoso Minho

RESUMO HISTÓRICO DA ETA
ETA MAIS 100 ANOS

Tendo em mente o ideal da ESCOLA DE ENGENHARIA DE PORTO ALEGRE; Conduzir o indivíduo do mais modesto ao mais elevado grau de ensino técnico, um pioneiro, JOÃO SIMPLÍCIO ALVES DE CARVALHO, hoje patrono de nossa Escola, buscou inspiração para a implementação de uma entidade educacional que harmonizasse práticas educacionais de ensino, pesquisa e extensão rural na formação de jovens capazes de mudar o panorama agropecuário de sua época . Isto significou o início de nosso ensino técnico profissional. A ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA de Viamão tem, portanto, sua origem na ESCOLA DE ENGENHARIA de Porto Alegre (fundada em 1896) que chamou a si a organização do Ensino Profissional do Rio Grande do Sul.
Em 1906 foi criada na Estação Experimental de Taquari, uma Escola de Capatazes Rurais de duração efêmera, pois em 1º de novembro de 1910 (esta data é considerada como a da fundação de nossa Escola) todo o acervo da Estação, acrescido de equipamentos atualizados é transferido para a Chácara das Bananeiras, onde a ESTAÇÃO AGRONÔMICA EXPERIMENTAL do Estado já funcionava desde 1898 (atualmente, esta área, pertence à Brigada Militar, fica situada na Avenida Aparício Borges em Porto Alegre). Ali foi criada uma ESCOLA DE CAPATAZES (origem de nossa Escola) e nesta o CURSO DE CAPATAZES RURAIS, com 03 anos de formação) sob a égide da Escola de Engenharia de Porto Alegre..
Em 08-02-1910 foi criado o INSTITUTO DE AGRONOMIA E VETERINÁRIA (hoje Faculdade de Agronomia), unindo esforços da União, que o subvencionaria, e do Governo do Estado, que organizou o Curso de Capatazes Rurais. Os recursos para sua instalação foram proporcionados pela Lei nº 93 de 27 de novembro de 1909 que elevava a 4% a taxa profissional (incidia sob todos os impostos arrecadados) concedida ao Instituto com a finalidade de:
a) aquisição de terreno e estabelecimento de uma granja-modelo e campo de experimentação.
b) criação e custeio de uma Escola Prática de Agricultura e Veterinária para 30 alunos, de ensino gratuito e com internato. Seria subvencionada pelo Governo Federal.
c) contratar no estrangeiro por cinco anos um agrônomo, um veterinário e um enólogo.
Esta taxa proporcionou a aquisição e equipagem dos Campus da Agronomia e do Campus de Viamão.
O ensino técnico profissional do RGS era comentado em todos jornais do país. Roosevelt, presidente do Estados Unidos em visita ao Brasil comentou que o nosso ensino profissional se igualava ao que de bom possuíam os países mais adiantados do mundo.
Em julho de 1911, por decreto federal, é anexado ao INSTITUTO o POSTO ZOOTÉCNICO (ETA) e a ESTAÇÃO EXPERIMENTAL (atual Escola Canadá), ambos sediados em Viamão.
As matrículas em número de trinta para o Curso de Capatazes, uma para cada município, foram selecionadas e concedidas pelo Presidente do Estado do RGS Dr. Carlos Barbosa Gonçalves no início do ano de 1911 - ano de Instalação do Curso de Capatazes Rurais. O Curso era ministrado por um corpo docente capaz (professores locais e técnicos estrangeiros), excelentes laboratórios, museus, campos experimentais, equipamentos modernos, vindos da Europa e Estados Unidos e outros complementos, incluindo o regime de internato para todos os alunos. Este Curso granjeou simpatia e prestígio perante e comunidade rio-grandense.
Em 1912 inicia-se a compra do restante de terras no Passo do Vigário em Viamão e no km 09 e 10 na Estrada do Mato Grosso, completando o restante da área do Instituto, onde hoje esta situada a Faculdade de Agronomia. Neste ano (14-05-1912) é lançada a Pedra Fundamental das construções dos futuros Posto Zootécnico (ETA) e Estação Experimental (atual Escola Canadá). Participaram do ato O Ministro da Agricultura e Nicolau Athanassoff eminente zootecnista da época. Neste local, em uma caixa zincada foram colocados, jornais e moedas da época, os Regulamentos do Instituto, também uma cópia da Ata com as assinaturas de todos os presentes (até hoje provavelmente não foi encontrada). Ainda em 1912 desembarcou no cais do porto de Porto Alegre, causando espanto na população, uma verdadeira Arca de Noé, constituída de animais reprodutores das mais diversas raças de bovinos, eqüinos e asininos, todos adquiridos na Europa.
Em julho de 1913 o Curso de Capatazes Rurais deixa a Chácara das Bananeiras transferindo-se para a nova sede com 135 ha do Instituto de Agronomia e Veterinária, na estrada Porto Alegre/Viamão - Estrada do Mato Grosso – km 09 (atual Faculdade de Agronomia).
Dos trinta alunos matriculados, somente sete concluíram o Curso constituindo-se a primeira turma de Capatazes Rurais, formada em 1914 e não em 1913, pois os formandos tinham que defender ainda um trabalho de conclusão. Três deles se formaram com distinção.
Em 28 de setembro de 1916 é fundado o Centro Estudantil (hoje CECAT). É o Primeiro Centro de Estudantes fundado no RGS. Seu primeiro presidente foi João Leal e o terceiro foi Cneu Aranha (irmão de Osvaldo Aranha)Ele que fundou a Biblioteca do Curso de Capatazes Rurais, ao mesmo tempo fazendo uma doação de 200 livros.
Em julho de 1917, por decreto do Presidente do Estado – Antonio Augusto Borges de Medeiros – o Curso de Capatazes Rurais torna-se autônomo e passa a funcionar oficialmente junto ao POSTO ZOOTÉCNICO (ETA) e à ESTAÇÃO EXPERIMENTAL (atual Escola Canadá) em VIAMÃO no km. 30 (partindo da Prefeitura de P. Alegre) da Estrada Viamão/Cidreira. Na verdade desde fins de 1915 o Curso de Capatazes já funcionava em Viamão. O Instituto de Agronomia e Veterinária passa a denominar-se INSTITUTO BORGES DE MEDEIROS ao qual passa a pertencer o Curso de Capatazes Rurais. O Posto e a Estação passam a atender além do ensino, trabalhos agrícolas e veterinários das regiões nordeste e sudeste do Estado, assim como os estabelecimentos filados à Escola de Engenharia. Aqui iniciaram-se os serviços de assistência técnica e melhoramento à agropecuária do Rio Grande do Sul. As Instalações do Posto e da Estação dispunham de uma completa infra-estrutura para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e experimentos. Os professores em número de 15 (quinze) vindos dos Estados Unidos e de três diferentes países europeus, no início constituíam a totalidade dos professores do Curso, após foram sendo substituídos por professores nossos que se aperfeiçoaram no exterior nas mais diversas especialidades. Fazia parte destes professores o italiano CELESTE GOBATTO, Doutor em Ciências Agrárias, nosso primeiro diretor.
Desde o início de seu funcionamento em Viamão a Escola contava com sua Secção de Laticínios, provida de modernos equipamentos para época com os quais já eram fabricados, queijos diversos, iogurte, doce de leite, rapadura de leite, requeijão, manteiga (aqui se produzia a famosa manteiga EGATEA – siglas iniciais da Escola de Engenharia e dos seus cinco outros Institutos).
Em 1918 devido à gripe espanhola os alunos (em número de 80) foram todos promovidos de ano, embora dois alunos (Remy Gorga e Teodolino Monteiro, que veio a falecer em 1980, aos 99 anos, faltando poucos dias para completar os 100 anos) e o Enfermeiro da Escola não fossem contaminados.
A partir de 1919 a Estação Experimental veio a contar com um vagão da Viação Férrea do RGS para ser empregado no ensino ambulante de agricultura e veterinária e em outras atividades extensionistas. Este Vagão levava professores e técnicos, aparelhagem de cinema, livros, revistas técnicas e científicas, mostruário de sementes e adubos, além de móveis fabricados pela Escola Parobé. Em vagão anexo, viajavam reprodutores, de várias raças importadas, para a cobertura de fêmeas principalmente nos pontos terminais da Estrada Férria. Um incêndio na Estação de Santa Maria destruiu os vagões, não mais voltando a funcionar esta extraordinária iniciativa.
Em1922, segundo o Dr. Mozart Pereira Soares – o curso passa de elementar, só no papel, pois na verdade nunca o fora -, a médio e secundário, mais amplo e mais completo. Neste ano e Escola passa a pertencer a UNIVERSIDADE TÉCNICA DO RIO GRANDE DO SUL, só reconhecida oficialmente em 1931.
Em 1929 o Curso volta para o Instituto Borges de Medeiros, embora os alunos do Curso de Agronomia e de Capatazes Rurais (agora Técnicos Rurais), continuassem usando o Posto Zootécnico e a Estação Experimental de Agricultura em Viamão para fazerem suas práticas. Neste ano, como no inicio, o Curso de Técnicos Rurais passa a ter mais um semestre de especialização. Os formandos fazem um trabalho de conclusão que é defendido perante uma banca examinadora.
Em 03 de agosto de 1931 o Curso de Técnicos Rurais passa oficialmente a pertencer a Universidade Técnica do RGS, neste mesmo ano é criado o MINISTÉRIO DA EDUÇÃO E CULTURA.
Em 1934 é criada a UNIVERSIDADE DE PORTO ALEGRE, que incorpora os Cursos Superiores da Escola de Engenharia.. O Curso de Técnicos Rurais continuou pertencendo a Universidade Técnica do RGS.
Em agosto de 1936 o Curso de Técnicos Rurais, volta a Viamão, passando a Escola a denominar-se ESCOLA DE TECNICOS RURAIS, pertencente a UNIVERSIDADE TÉCNICA, não mais saindo do campus Viamão
Em 1938 estudou na ETA o mais ilustre aluno LEONEL DE MOURA BRIZOLA. Outro ilustre aluno formado na Escola é HÉLIO PRATES DA SILVEIRA (1937), que foi governador de Brasília (Distrito Federal). Também o vice-governador do Mato Grosso do Sul, ARI RIGO (1965).
Em março de 1939 a Universidade Técnica passou a chamar-se INSTITUTO TÉCNICO PROFISSIONAL DO RIO GRANDE DO SUL e a Escola passa a denominar-se LICEU AGRÍCOLA composta pelos Cursos de Técnicos Rurais,Operários Rurais (na Estação Experimental de Agricultura – atual Escola Canadá) e Iniciação Agrícola (no Instituto Pinheiro Machado – no Morro Santana – Porto Alegre). Neste ano o Instituto de Zootecnia recebe o patrimônio do Instituto Experimental de Agricultura (atual Escola Canadá).
Em 1940 surge o primeiro rancho com o nome de São Jerônimo. Outros foram surgindo sendo o último (34º) de nome Tropeiro. Até 1960 existiam cinco ranchos: São Jerônimo, Três de Maio, Minuano, Entrevero e Saudade.
Em 1942 é criada a Superintendência do Ensino Profissional da Secretaria de Educação e Cultura. O LICEU AGRÍCOLA passa a denominar-se ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA - ETA, que manteve os Cursos de Técnicos Rurais no Instituto de Zootecnia (IZ- ETA), Operários Rurais e Capatazes Rurais no Instituto Experimental de Agricultura (IA-Escola Canadá) e o Curso de Operários Rurais no Instituto Pinheiro Machado (no Instituto Pinheiro Machado - Morro Santana –Porto Alegre).
Em 1943 é dado início a construção do Campo de Futebol (terraplanagem).
Em 1945 os Cursos da Escola Técnica de Agricultura são reconhecidos por decreto federal. De 1929 até 1945. Os técnicos formados recebiam o título de TÉCNICOS RURAIS.
Em 1946 com a Lei Orgânica do Ensino Agrícola a ETA passa a formar AGROTÉCNICOS em quatro Cursos Técnicos: Curso de Agricultura, Curso de Zootecnia, Curso de Horticultura e Curso de Laticínios cujos títulos são de TÉCNICO EM AGRICULTURA, TÉCNICO EM ZOOTECNIA, TÉCNICO EM HORTICULTURA e TÉCNICO EM LATICÍNIOS. Além dos Cursos de Mestria Agrícola (correspondente a 3ª e 4ª série do Curso Ginasial) e Operário Agrícola (correspondente a 1ª e 2ª série do Curso Ginasial).
De 1946 a 1963 coube a Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura a fiscalização do nosso Ensino Agrícola quanto a elaboração e aplicação dos programas pedagógicos. Neste ano é inaugurada a nova sede do CECAT (permanecendo até os nossos dias).
Em 1947 é fundado (17-09-1947) o CENTRO DOS PROFESSORES DA ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA, sendo eleito seu primeiro presidente o Prof. João Ferreira. Em 28-09-1947 é inaugurada a nova e atual sede do CECAT.
Em 1951 o Curso de Mestria Agrícola de quatro anos é desdobrado nos cursos de Iniciação Agrícola, em dois anos e no de Mestria Agrícola, em dois anos. Havia vestibular para a passagem do Curso de Iniciação Agrícola para o de Mestria Agrícola e também deste para o Curso Técnico.
Em 1952 os formandos da ETA, em excursão a Argentina são recebidos por Juan e Evita Perón. Neste ano é editado pelo CECAT sob a direção de Aldomar Sander o primeiro número do jornal A Voz da Terra.
Em 1957 é fundado (15-10-1957) o CTG VAQUEANOS DA CULTURA, tendo como Patrão Fernando Roque da Costa. Funcionou primeiramente na Escola de Mestria Agrícola Canadá ( que neste ano recebe autonomia administrativa), transferindo-se para a ETA em 1963). É composto o primeiro HINO DA ETA, Com música do Maestro Leo Schneider e letra de Raul Moreau.
Em 1959 foi criada a SUBSECRETARIA DO ENSINO TÉCNICO da qual fez parte a Superintendência do Ensino Agrícola a qual nossa Escola se liga. Neste ano o Curso de Iniciação Agrícola recebe autonomia administrativa, passando a Escola Canadá a chamar-se Escola de Mestria Agrícola Canadá.
Em 1960 (ano do cinquentenário), com deferência especial de Leonel de Moura Brizola, os formando fazem excursão a Brasília (ano de sua inauguração) e aos Estados de Sta. Catarina, Paraná, São Paulo, Guanabara e Minas Gerais.
Em 1961 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o Curso passa a denominar-se COLEGIAL AGRÍCOLA com mais um semestre de estágio após a sua última etapa. A ETA passa, neste ano, ao Sistema Estadual de Educação, No mesmo ano são concluídos o refeitório, os prédios das salas de aulas? e o dormitório de madeira, próximo à caixa d’água e ao dormitório ( que não mais existe)?. Também o Museu da ETA é inaugurado.
Em 1962 são realizados os primeiros estágios profissionalizantes após o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Em 1963 é realizado o primeiro RODEIO CRIOULO com o nome de FESTANÇA CRIOULA, considerado até hoje, o maior evento público do Município de Viamão. Foram seus organizadores o ex-aluno Irvan Antunes Vieira (Patrão do CTG e Jorge Xavier de Oliveira - Auxiliar de Disciplina da Escola Canadá).
Em 1964 é elaborado o Regimento Interno que serviu inclusive de modelo as demais Escolas Agrícolas. A ETA adota o regime semestral e o curso passa a ser politécnico, perdurando até 1975 (ano da última turma de formandos deste Curso). O sétimo semestre do Curso correspondia ao estágio profissionalizante.
No final de 1964 se forma na ETA, Zara Souza Kornelius, a primeira mulher Técnica Agrícola do Rio Grande do Su.
Em 1966 a ETA passa a chamar-se ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA “Dr. João Simplício Alves de Carvalho”, em homenagem ao seu patrono. Neste ano é concluído o Aviário com diversos galpões para corte e postura, sendo o local chamado de “Cidade Avícola”.
Em 1967 é criado o MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS. Foi seu organizador o Biólogo José Carlos Becker. A Escola passa a ter a denominação de COLÉGIO AGRÍCOLA, antes denominada ESCOLA AGROTÈCNICA, também as Escolas e Cursos de Iniciação e Mestria Agrícola passam a ser Ginásios Agrícolas (Dec.Nº 18.416 de 28/01/67).
Em 1973 passa a ETA a formar Técnicos em Agricultura e Técnicos em Pecuária, juntamente com as habilitações parciais de Agentes de Defesa Sanitária Vegetal e Agentes de Defesa Sanitária Animal.
Em 1976 foi instituída uma reforma administrativa na Escola sendo adotados no seu regimento uma estrutura departamental com a criação dos Departamentos de Ensino, Administrativo, Agropecuário e o de Patrimônio – Disciplina e Internato, com seus respectivos vice-diretores. Pela primeira vez se vê no Estado estas figuras. Após popularizou-se nas escolas do RGS a figura do Vice-Diretor de Ensino. Antes a Escola era dirigida por um Diretor e um Administrador. Neste ano é criado o CÍRCULO DE PAIS E MESTRES DA ETA, sendo seu presidente Pedro Pimentel, pai de aluno e também professor.
Em 1979 a ETA passa a chamar-se ESCOLA ESTADUAL DE 2º GRAU “Dr. João Simplício Alves de Carvalho”. É construído o Pórtico de Entrada da Escola.
Em 1980 iniciam-se os ENCONTROS DE ESTUDOS SUL RIO-GRANDENSES, tendo como objetivo debater aspectos da formação cultural do Estado. Estes eventos tinham duração de uma semana e repetiram-se enquanto perdurou no currículo a disciplina de Estudos Rio-Grandenses.
.Neste ano (1980) é comemorado os 70 anos da Escola. A partir deste ano a comemoração de aniversário é realizada de cinco em cinco anos.
Em 1982 a Escola passa a atuar no Ensino não formal através do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) com a criação do primeiro centro fundado no RGS com o nome de CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL”Professor Jonathas Gomes da Silva”, contando com Agências em Bagé, Farroupilha e Pelotas. Na Floricultura é construído o “Tijolado” com 80 m².
Em 1983 os diplomas antes registrados no Ministério da Agricultura e posteriormente no Ministério da Educação, passam a ser registrados na própria Escola. É construído um biodigestor, situado ao lado do Estábulo e atrás do Silo. Em eleição, junto a comunidade escolar, a FIGUEIRA (Ficus cestrifolia) é escolhida como ÁRVORE SÍMBOLO DA ETA.
Em 1984 a Indústria de Laticínios tem um grande incremento chegando a industrializar 800 litros diários de leite além de goiabadas, peradas, doces, chimíer e lingüiças. Seu slogam de comercialização de produtos naturais é “ETA! COISAS GOSTOSAS”. Como a Escola, com o apoio do CPM, fazia propaganda nos jornais da Capital, este slogam se tornou dito popular. Sempre que alguém ingeria algo saboroso citava o slogam. É concluída a primeira etapa (dois pisos) do novo dormitório construído em frente ao refeitório.
Em 1985 é editado o JORNAL DA ETA em comemoração aos seus 75 anos. Neste ano são inaugurados os novos setores de Suinocultura com maternidade para 14 porcas criadeiras além de instalações para recria e terminação correspondentes, lavagem e fosso de recolhimento de dejetos; situa-se, no outro lado da RS 01 oposto a avenida de plátanos e também o setor de Piscicultura próximo ao açude da RS 01, passando piscicultura a fazer parte como disciplina do currículo. É inaugurada Estação Climatológica da ETA. Também foi criada a Banda Marcial Lucas Guaselli composta inicialmente por 30 membros. É composto o segundo HINO DA ETA, com letra e música de Telmo de Lima Freitas.
Em 1986 a Escola mantém as Habilitações de Técnico em Agricultura, Técnico em Pecuária e a Habilitação Parcial de Agente de Defesa Sanitária Animal.
Em 04/06/1991 é criada a ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DA ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA , tendo como presidente o Dr. Yvan Joaquim Barros de Moraes.
Em 1997 o Setor de Agroindústrias passa a ter novas instalações junto ao prédio do refeitório. È montado o 1º Laboratório de Informática.
Em 1998 os cursos técnicos desvinculam-se do ensino médio, passando ambos a terem matrículas independentes. É construído no Setor de Gado de Corte o Abatedouro.
Em 1999 os Ranchos foram fechados pela Juíza da Vara da Família, Infância e Juventude de Viamão devido aos violentos trotes praticados pelos alunos veteranos. É construído o novo Centro de Treinamento.
Em 2000 é construído o 3º pavimento do dormitório.
Em 2001 volta a ETA a denominar-se ESCOLA TÉCNICA DE AGRICULTURA, sem o nome do patrono Dr. João Simplício Alves de Carvalho.
Em 2002 é acrescentado a palavra estadual, passando a chamar-se ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA DE AGRICULTURA.
Em 2003 os Ranchos são tombados pelo Patrimônio Histórico do RGS.
Em 2009 são construídos o novo Abatedouro (72 m²) e a Unidade de Embutidos (60 m²). Em 2010, em Sessão Solene, a Assembléia Legislativa do RGS, através do Deputado Mano Changes (PP), presta homenagem à Escola pela passagem de seus 100 anos de existência.
Tanto o presidente da Assembléia Legislativa do RS (Deputado GIOVANI CHERINI - 1978) como o Secretário de Educação do Estado do RGS (ERVINO DEON – 1976) e o Superintendente do Ensino Profissionalizante (VULMAR SILVEIRA LEITE - 1967) e o atual Ministro da Pesca e Aquicultura ALTEMIR GREGOLIN (1981) são ex-alunos da EETA Viamão.

Valorizando o seu passado acreditamos no seu futuro.

ETA, 22-06-2010

Prof. NELMO MALTA GUTTERRES


P.S - ACEITAMOS COLABORAÇÃO. O Histórico está em elaboração.





HISTÓRICO

• 1896 – Fundada a Escola de Engenharia de Porto Alegre, reconhecida como de caráter oficial pelo Decreto Oficial 727/1900. A Escola de Engenharia tinha como objetivo preparar um corpo técnico qualitativa e quantitativamente habilitado ao conveniente aproveitamento do espaço habitacional rio-grandense. Foram criados dois Pólos Pedagógicos: Pólo Técnico ou Industrial e um Pólo Verde ou Rural. O Ensino Técnico, inclusive o agrícola, atingiu uma amplitude nunca antes verificada no País.

• 1902 - Diplomados os primeiros técnicos da terra em nível superior com o título de Agrônomos-Veterinários.

• 1906 - Cresce a idéia da criação de um Instituto de Agronomia Veterinária. O Ensino Técnico, inclusive o agrícola, atingiu uma amplitude nunca antes verificada no País.

• Através da Lei Estadual 93 de 27 de novembro de 1909 são concedidos os recursos para o Instituto de Agronomia e Veterinária criada pela Escola de Engenharia de Porto Alegre.
.....
Inciso IV-
B. à criação e custeio de uma Escola Prática de Agricultura e Veterinária para 30 alunos, de ensino gratuito e com internato. 1910
Em 1º de novembro de 1910 o Governo Federal cria o Curso de Capatazes Rurais com duração de três anos em regime de internato, este correspondia aos Aprendizados Agrícolas.
Este curso destinava-se os filhos de agricultores e lavradores pobres, inteiramente gratuitos.
.....

• 1910Foi criado o Curso de Capatazes Rurais, Inicia-se, assim, a trajetória deste centenário da ETA na Estação Agronômica, na Chácara das Bananeiras, bairro Partenon em Porto Alegre.

• 1912 - O Instituto foi dividido em três departamento:
Escola Agrícola - Porto Alegre
Estação Experimental - Viamão
Posto Zootécnico – Viamão

• 1913 - O Curso de Capatazes Rurais é transferido para a nova sede da Escola Agrícola no km 9 da Estrada Porto Alegre/Viamão (hoje bairro Agronomia).

• 1914 - Formada a 1ª Turma do Curso de Capatazes Rurais.

• 1916É fundado o Centro Estudantil (hoje CECAT). É o primeiro Centro de Estudante fundado no RGS.

• 1917 - A Escola Agrícola passa chamar-se Instituto Borges de Medeiros. O Curso de Capatazes Rurais é transferido para o Posto Zootécnico no Passo do Vigário em Viamão, local com toda infra-estrutura para pesquisa e experimentos.

• 1919 - O Decreto nº 13.508 de 19/03/1919 cria o Patronato Agrícola no Estado do Rio Grande do Sul sob a responsabilidade da Escola de Engenharia. Destinado ao recolhimento e a educação dos “menores desvalidos”. Nos processos práticos de trabalhos de agricultura e criação (Operários Rurais).

• 1922 - O Curso de Técnicos Rurais passa de Elementar a Médio e Secundário de Agricultura e Zootecnia mais amplo e mais completo acompanhando a evolução do ensino profissional.

• 1924 - Os Patronatos Agrícolas mantidos pela Escola de Engenharia são unificados em uma única sede no Instituto Pinheiro Machado (Morro Santana).

• 1929 - O Estatuto da Escola de Engenharia é reformulado com modificações em seus estabelecimentos de ensino. O Curso de Capatazes Rurais passa a chamar-se Curso de Técnicos Rurais e foi acrescido mais semestre de especialização

• 1931- O Curso de Técnicos Rurais é transferido para o Instituto Borges de Medeiros.

• 1934 - A Escola de Engenharia de Porto Alegre passa a chamar-se Universidade Técnica do Rio Grande do Sul, tornando-se instituição oficial do Estado de caráter elementar e médio. Neste mesmo ano foi criada a Universidade Técnica de Porto Alegre que incorporou todos os Institutos de Ensino Superior da Universidade Técnica do RS, passando o Curso Técnico Rurais a pertencer a ela.

• 1936 - O Curso de Técnicos Rurais volta definitivamente para o Instituto de Zootecnia, e passando este Instituto a denominar-se Escola de Técnicos Rurais.

• 1939 - A Universidade Técnica do RS passa a denominar-se Instituto Técnico Profissional do RS. O Instituto de Zootecnia (ETA) recebe o patrimônio do Instituto Experimental de Agricultura (Escola Canadá). Neste ano pelo Decreto Lei 7.964, é criado o Liceu Agrícola, composto pelos Cursos de Técnicos Rurais, Operários Rurais (na Estação Experimental) e Iniciação Agrícola (Instituto Pinheiro Machado

• 1942 - O Instituto Técnico Profissional do RS passa a denominar-se Superintendência do Ensino Profissional, passando a integrar a Secretaria de Educação e Cultura do RS, como órgão de administração especial. Pelo Decreto Estadual 649 de 29/12 /1942 o Liceu Agrícola passou a denominar-se Escola Técnica de Agricultura (ETA). Foram mantidos os cursos de Operários Rurais, Técnicos Rurais e recriado o Curso de Capatazes Rurais.


• 1944 - Os três cursos mantidos na Escola foram reconhecidos pelo Decreto Federal 15.497 de 10/05/1944.

• 1946 - O Decreto Lei 91.613 de 20/08 de 1946 – Lei Orgânica do Ensino Agrícola deu nova organização aos estabelecimentos de formação Agrotécnica. A ETA passou a formar Agrotécnicos em quatro cursos: Técnico de Agricultura, Técnico Horticultura, Técnico de Zootecnia, Técnico em Agroindústria. Além destes o Curso Mestria Agrícola (correspondente aos 3ª e 4ª ginasial) e o de Operários Rurais (correspondente a 1ª e 2ª do ginasial).
Após a aprovação da Lei Orgânica do Ensino Agrícola a ETA passou a ser orientada pedagogicamente pela Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, embora continuasse sendo administrada e mantida pelo Governo do Estado.

• 1950 - Os cursos de Iniciação Agrícola e Mestria Agrícola desdobram-se em dois como previsto em lei.


• 1953 - Através da Lei Federal 1.821 de 12/03/53 e Decreto 34.330 de 21/10/53 é dada a equivalência entre os diversos cursos de grau médio agrícola para efeito de matrícula no ciclo colegial e superior.

• 1957 - Decreto 7.796 de 06/05/1957 cria a Escola de Mestria Agrícola como parte da ETA, ficando denominada de Escola de Mestria Canadá.

• 1959 - A Escola de Mestria Agrícola Canadá é desmembrada da ETA e passa a ter autonomia administrativa pelo Decreto 10.768 de 18/09/1959, mais tarde passando a Ginásio Agrícola.

• 1961 - Com a reforma da LDB 4.024 de 20/12/61 o curso agro-técnico passou a politécnico, recebendo a denominação de Curso Colegial Agrícola dando o título de Técnico Agrícola. O nome da escola continua sem alterações.

• 1962 - A Escola passa a admitir o ingresso de alunas. Neste ano matriculam-se duas alunas.

• 1963 - Resolução 12/63 de 19.09.63 do CEED/RS cria um semestre de especialização para o ciclo colegial, a ser realizada após a parte seriada e de livre escolha do aluno. Neste mesmo ano elaborado novo regimento com regime semestral, passando a formar duas turmas por ano.

• 1966 - A ETA passa chamar-se Escola Técnica de Agricultura Dr. João Simplício Alves de Carvalho, Decreto Estadual 18.212 de 06.12.1966.

• 1973 - Cursos com habilitação plena de Técnico em Agricultura e Técnico em Pecuária, e as habilitações parciais de Agente de Defesa Sanitária e Agente de Defesa Animal conforme LDB 5.192/71

• 1976 - Volta o regime anual com aprovação de novo regimento escolar

• 1979 - Através da Portaria 22.005 de 11/10/1979 a Escola Técnica de Agricultura passa a se chamar Escola Estadual de 2º Grau Dr. João Simplício Alves de Carvalho.

• 1986 - Atua no ensino informal em parceria com o SENAR.

• 1995 - Primeira Escola de Viamão a implantar o Conselho Escolar.

• 2001 - Volta a se chamar Escola Técnica de Agricultura, sendo solicitado alteração de designação para Escola Estadual Técnica de Agricultura, atendendo a Resolução 258/00 do CEED/RS.

• 2002 Em atendimento a nova LDB.
 Ensino Médio e Educação Profissional com organização curricular independente.
 Plano de Ensino Médio conforme os PCN.
 Plano de Curso para Educação Profissional (autonomia na organização curricular) e organizado por competências.
 Cadastro no CNCT.
 Aproveitamento de Estudos formais e informais.
 Regimento Único

• 2009 – em atividade
 Ensino Médio concomitante com Educação Profissional
 Educação profissional subsequente
 Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores
 Programa Jovem Aprendiz

Cursos em atividade:
 Técnico em Agricultura
 Técnico em Pecuária
 Ensino Médio
 Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional na área de agropecuária.

• Organização Curricular
 Curso Técnico de Nível Médio em Pecuária – Organizado em três etapas de 525 horas e estágio supervisionado de 640h perfazendo um total de 2.215 horas.
 Curso Técnico de Nível Médio em Agricultura – Organizado em três etapas de 525 horas e estágio supervisionado de 640h perfazendo um total de 2.215 horas.
 Ensino Médio – Três séries anuais de 850 horas, perfazendo um total de 2550 horas.
 Curso de curta duração de qualificação e aperfeiçoamento profissional.

• Regime de Matrícula
 Internato Integral (hospedagem completa incluindo final de semana)
 Internato parcial (hospedagem completa de segunda a sexta)
 Semi-internato (turno integral com alimentação)

• Ingresso nos Cursos Técnico
 A seleção de alunos novos é através de um processo de classificação, aprovado pelo Conselho Escolar desta instituição.

• Participação da Comunidade Escolar;
 Conselho Escolar;
 Centro dos Estudantes dos Cursos Agro-técnico (CECAT);
 CTG Vaqueanos da Cultura;
 Centro dos Professores da EETA (CPETA);
 Associação de x-alunos.

• Novas Propostas - Novo desafio desta Instituição de Educação Profissional será a implantação do PROEJA.


Diretores da ETA – por ordem

No Instituto de Agronomia e Veterinária – Porto Alegre:

1910 a 1915 – João José Pereira Parobé

1916 – Augusto Gonçalves Borges

Na sede da ETA:

1º - Celeste Gobbato
1917-1918

2º - Pedro Pereira de Souza
1919 -1924

3º - Josué Pereira de Souza
1925 -1929

4º - Írio Prado Lisboa
1930 – 1935
(no Instituto Borges de Medeiros – Porto Alegre)

5º - Dulphe Pinheiro Machado
1930-1935
(Diretor da sede – Instituto de Zootecnia – ETA, Viamão)

6º - Cantalício Preto de Oliveira
1936 – 1942

7º - Walter Borba dos Santos
1943 -1948

8º - Ary Caldeira da Silva
1949 -1953-1955


9º - Áureo Gonçalves Dias
1950-1953

10º -Yvan Joaquim Barros de Moraes
1956-1958


11º - Bortolo Luiz Casarin
1959-1960

12º - Fiorelo Ranzolin
1961-1962

13º - Jurandir Dutra de Souza
1962-1963

14º - José Wilson Pacheco de Souza
1964-1971

15º - Luiz Carlos Elers
1972-1974

16º - Aldo Leandro de Mello
1974-1975

17º - Irvan Antunes Vieira
1976-1989

18º - Edi Odete Braucks
1989-1990

19º - Paulo Roberto Muraro
1990-1991

20º - Maria Neuza Gomes Marques
1991-1995

21º - Santino Telmo Gomes
1995-1997

22º - Paulo Gilberto Cardozo Goulart
1998-2001

23º - Evandro Cardoso Minho atual Diretor) 2002



Viamão, de 31 maio de 2010.


Texto elaborado por
Professora Maria Clarice Rodrigues de Oliveira
Editado por

Professor Vilson Antônio Arruda
(51) 98454422

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