Universidade Federal do Rio Grande do Sul
REGESD
Disciplina: Gestão da Escola e Planejamento Educacional
Professora Titular: Ms Lezilda Maria Teixeira
Tutor a distância: Professor Rogério Antonio Rosa
Os alunos devem fazer um estudo do tema proposto.
Gestão do projeto político pedagógico
Autores:
*Deise Marisete dos Santos (Regesd) deiseleote@hotmail.com
*Rejane Maria Chaves da Silva (Regesd) rejanemariacs@yahoo.com.br
*Sandra Paula Ferrari (Regesd) sandrapaulaferrari@hotmail.com
*Vilson Antonio da Costa Arruda (Regesd) vilson.arruda@ig.com.br
*Os autores são acadêmicos de Lic. em Biologia – Regesd - UFRGS - 2010
Resumo
O Projeto Político Pedagógico é um documento que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando as exigências legais do sistema educacional. O gestor deverá animar e articular a comunidade educativa na execução do projeto educacional, conduzindo a participação de todos, respeitando as pessoas e suas opiniões promovendo a inclusão social para que ocorra uma gestão democrática consolidada.
Palavras chave: Gestão – Inclusão – Projeto Pedagógico – Ética – Democracia - Participativo
“O projeto político-pedagógico pode ser comparado, de forma análoga, a uma árvore. Ou seja, plantamos uma semente que brota, cria e fortalece suas raízes, produz sombra, flores e frutos que dão origem a outras árvores, frutos... Mas, para mantê-la viva, não basta regá-la, adubá-la e podá-la apenas uma vez”. Libâneo (2004, p. 152).
O Projeto Político Pedagógico (PPP) não é um documento definitivo, ao contrário tem um caráter dinâmico, mas torna-se fundamental para a escola por que é o elemento norteador da organização de seu trabalho, visando o sucesso de aprendizagem dos alunos - finalidade maior da escola como instituição social. É o instrumento que indica a direção norteadora do projeto pedagógico.
O processo de construção coletiva do PPP é importante para assegurar não só a aprendizagem dos alunos como sua permanência numa escola prazerosa e de qualidade, mas também para consolidar o processo participativo e a gestão democrática.
Segundo Veiga (1998, p.13-14), o PPP ao se constituir em processo democrático preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.
Muitos professores questionam o porquê de construir o PPP coletivamente? Primeiro temos que observar a questão legal na LDB, onde se destacam três grandes eixos relacionados à construção do PPP democrático.
a) Eixo de flexibilidade- vincula-se a autonomia, possibilitando a escola organizar o seu próprio projeto pedagógico com uma gestão inovadora voltada para o princípio da cooperação.
b) O eixo de avaliação – reforça um aspecto importante a ser observado no ensino público, pois além da avaliação do aluno também será submetido a avaliação e questionamento o processo de ensino e a equipe gestora.
c) O eixo da liberdade – se expressa no eixo do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e da proposta de gestão democrática do ensino, a ser definido em cada sistema de ensino.
O fato de a Lei determinar que cada escola construa o seu próprio PPP não é condição necessária para que a autonomia se efetive. É necessário, além da lei, ter outra autonomia, construída na própria escola, que estimule a participação de gestores, professores, pais, alunos, funcionários e representantes da comunidade na discussão do PPP. A lei do bom senso, do planejamento estruturado, da interdisciplinaridade e do respeito.
O Diretor escolhido por voto direto de todos os segmentos da instituição escolar, tem o dever de garantir o pleno funcionamento do PPP. Na qualidade de gestor deve ser um líder pedagógico que apóia o estabelecimento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de programas de ensino e de programas de desenvolvimento e capacitação de funcionários, fazendo cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar, incentivando a sua equipe a descobrir o que é necessário para dar um passo à frente, auxiliando os profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam, cooperando na solução de problemas pedagógicos, estimulando os docentes a debaterem em grupo, a refletirem sobre sua prática pedagógica e a experimentarem novas possibilidades, bem como enfatizando os resultados alcançados pelos alunos.
O novo paradigma da administração escolar democrática traz, junto com a autonomia, a idéia e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e externa da escola, além de planejar a inclusão social das diferenças.
a) interna – que contempla os processos administrativos, aspectos gerais da escola como o quadro de pessoal, patrimônio, merenda, registro da vida escola, financeira e a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos;
b) externa – é ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento.
Hengemuhle (2004, p. 191) considera a Gestão Pedagógica o lado mais importante e significativo da gestão escolar, pois cuida de gerir a área educativa propriamente dita da escola. Segundo ele, também estabelece objetivos, gerais e específicos, para o ensino. Define as linhas de atuação de acordo com os objetivos e o perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas e dos objetivos e o cumprimento das metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo. Nosso grupo entende que não basta construir um PPP a partir da realidade da escola, mas que também existem dimensões e princípios a serem observados nesta caminhada. A gestão deve ter princípios de empreendedorismo e ética. A escola precisa procurar relacionar teoria e prática, articulando esses dois aspectos na construção do projeto para que o PPP não se torne apenas mais um “monte de papel engavetado”. Entendemos que o gestor moderno deve encaminhar um questionário de avaliação institucional aos segmentos da escola, no final dos semestres, para avaliar com clareza como anda o processo administrativo e o projeto pedagógico, e se necessário corrigir distorções.
Conclusão
Após a discussão no grupo de trabalho concluímos que o gestor escolar tem que se conscientizar de que ele, sozinho, não pode administrar todos os problemas da escola. O caminho é a descentralização, isto é, o compartilhamento de responsabilidades com alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade externa formando redes de parcerias.
Referências
HENGEMUHL, Adelar. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. Petrópolis, RJ. Vozes, 2004.
VEIGA, Ilma Passos e RESENDE, Lúcia M. G. de (orgs.). Escola: espaço do projeto político- pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar, políticas, estruturas e organização. 2 ed. SP: Cortez,2004
MARÇAL, Juliane Corrêa. Progestão:como promover a construção coletiva do projeto pegagógico da escola, módulo III; Coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. Brasília:CONSED-Conselho Nacional de Secretários de Educação, 2001
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