ENCONTRO REÚNE QUILOMBOLAS EM VIAMÃO
Encontro promove integração entre comunidades quilombolas
Foi organizado no sábado (24), um encontro envolvendo quatro comunidades quilombolas: Macaco Branco (de Portão), Manoel Barbosa (de Gravataí), Chácara das Rosas (de Canoas) e Peixoto dos Botinhas (de Viamão). A reunião visou integrar as comunidades e promover uma pequena oficina de artesanato. O evento, que ocorreu no quilombo Peixoto dos Botinhas, foi acompanhado pela secretária de Cidadania e Assistência Social, Lucia Noronha.
O evento também visou promover uma valorização e divulgação do trabalho feito pelos quilombolas, como afirma a agente de economia feminina, Isabel Cristina Genelice. “Orgulha-nos o apoio e a presença do governo, representado pela secretária Lucia, às ações de produção local. Nós procuramos gerar um olhar diferenciado aos produtos quilombolas”. E acrescenta: “Queremos ampliar ainda mais o empreendimento das mulheres quilombolas e a economia solidária”.
Na ocasião, a vice-presidente do quilombo Peixoto dos Botinhas, Idegi Maria Gener, ensinou os presentes a produzirem artesanatos feitos com materiais retirados da bananeira. São feitos bonecas, ornamentos de garrafas, panos de prato, entre outros materiais. Por enquanto, esses produtos são usados somente como ornamento, mas, segundo a presidente, no futuro serão comercializados em feiras, gerando renda para as comunidades.
Idegi também falou sobre o processo de extração da matéria prima e confecção dos produtos: “Quando o cacho está perto de amadurecer, nós cortamos o tronco a dois palmos de distância do chão. Depois descascamos a bananeira, cortamos e tiramos de dentro do tronco as fibras usadas nos artesanatos. A primeira é a linha; depois a bainha, que é usada para fazer tranças e acabamentos; em seguida, retiramos a seda, que é a parte nobre da bananeira, utilizada para fazer laços e revestimentos. Por último, vem a renda, que serve para fazer laços e tranças. Já a fibra de fora do tronco é usada para fazer o suporte do revestimento, por ser uma fibra mais forte e resistente”, explica. Ela também ressalta que além de bananeiras, materiais recicláveis (vidro, garrafas PET, entre outros) também são utilizados na confecção dos artesanatos.
E para que essa atividade ganhe valor comercial e gere renda e benefícios para a comunidade, a integração entre quilombos e governo municipal é fundamental. Segundo a secretária Lucia, “essa não é só uma visita, é a integração de um projeto, para que juntos possamos desenvolver esse trabalho, que deve ser reconhecido e valorizado. Nós queremos divulgar essa ação, que é importante não só pelo seu potencial comercial, mas também por ser uma manifestação cultural”.
Texto e fotos: Guilherme Not
Foi organizado no sábado (24), um encontro envolvendo quatro comunidades quilombolas: Macaco Branco (de Portão), Manoel Barbosa (de Gravataí), Chácara das Rosas (de Canoas) e Peixoto dos Botinhas (de Viamão). A reunião visou integrar as comunidades e promover uma pequena oficina de artesanato. O evento, que ocorreu no quilombo Peixoto dos Botinhas, foi acompanhado pela secretária de Cidadania e Assistência Social, Lucia Noronha.
O evento também visou promover uma valorização e divulgação do trabalho feito pelos quilombolas, como afirma a agente de economia feminina, Isabel Cristina Genelice. “Orgulha-nos o apoio e a presença do governo, representado pela secretária Lucia, às ações de produção local. Nós procuramos gerar um olhar diferenciado aos produtos quilombolas”. E acrescenta: “Queremos ampliar ainda mais o empreendimento das mulheres quilombolas e a economia solidária”.
Na ocasião, a vice-presidente do quilombo Peixoto dos Botinhas, Idegi Maria Gener, ensinou os presentes a produzirem artesanatos feitos com materiais retirados da bananeira. São feitos bonecas, ornamentos de garrafas, panos de prato, entre outros materiais. Por enquanto, esses produtos são usados somente como ornamento, mas, segundo a presidente, no futuro serão comercializados em feiras, gerando renda para as comunidades.
Idegi também falou sobre o processo de extração da matéria prima e confecção dos produtos: “Quando o cacho está perto de amadurecer, nós cortamos o tronco a dois palmos de distância do chão. Depois descascamos a bananeira, cortamos e tiramos de dentro do tronco as fibras usadas nos artesanatos. A primeira é a linha; depois a bainha, que é usada para fazer tranças e acabamentos; em seguida, retiramos a seda, que é a parte nobre da bananeira, utilizada para fazer laços e revestimentos. Por último, vem a renda, que serve para fazer laços e tranças. Já a fibra de fora do tronco é usada para fazer o suporte do revestimento, por ser uma fibra mais forte e resistente”, explica. Ela também ressalta que além de bananeiras, materiais recicláveis (vidro, garrafas PET, entre outros) também são utilizados na confecção dos artesanatos.
E para que essa atividade ganhe valor comercial e gere renda e benefícios para a comunidade, a integração entre quilombos e governo municipal é fundamental. Segundo a secretária Lucia, “essa não é só uma visita, é a integração de um projeto, para que juntos possamos desenvolver esse trabalho, que deve ser reconhecido e valorizado. Nós queremos divulgar essa ação, que é importante não só pelo seu potencial comercial, mas também por ser uma manifestação cultural”.
Texto e fotos: Guilherme Not
Nenhum comentário:
Postar um comentário