segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

VENDAVAL NO CAPÃO DA PORTEIRA - VIAMÃO - RS - 2010

Um temporal com vento de 141km/h seguido de chuva de granizo assustou moradores e causou prejuízos, no anoitecer de segunda-feira (12), em Capão da Porteira, na região leste de Viamão. Várias árvores foram decepadas, parte da torre de telecomunicação, postes de energia elétrica, telhados de casas residenciais, galpões e o único colégio da região foram destruídos com a força do vento forte. Eram cerca de 20 horas quando o anemômetro da Aero agrícola Bonsucesso registrou a velocidade de 141km/hora. A comunidade ficou sem energia por mais de 15 horas. A localidade já teve um histórico de destruição, quando da passagem de um tornado em 2001.


A Diretora da Escola Estadual Francisco Canquerini, Maria Inês Tavares Oliveira, contou que a força do vento arremessou a caixa d’água e galhos de árvores contra os prédios quebrando os telhados e as vidraças das salas de aula. “No momento da tragédia os alunos da EJA estavam em aula e saíram correndo em pânico. Foi horrível”, contou entristecida a Diretora. As aulas estão suspensas e a escola interditada. “Os estudantes dos três turnos serão chamados aos poucos para fazerem as últimas avaliações”, avisou a Diretora.

Com a força do vento, o Restaurante Canquerini, na RS 040, parada 133, teve parte de sua estrutura destruída pela queda de um frondoso eucalipto com 30 metros de altura sobre o prédio. O proprietário, Marcelo Santana Canquerini, o popular Cabeção, (40 anos) disse que já tinha solicitado, em maio, para a Metrovias fazer o corte da árvore porque estava prevendo o risco da queda, mas não realizaram o serviço. “Agora estou no prejuízo, e justamente na época do verão quando aumenta as vendas”, avaliou Marcelo.

Dezenas de casas ficaram destelhadas e com as portas e janelas quebradas. O temporal durou cerca de 10 a 15 minutos. Os moradores ficaram assustados com o som produzido pelo vento “Eu e meu filho ficamos segurando as aberturas para o vento não arrancar”, disse horrorizado Antonio Carlos Alves, o conhecido Cacaio.

O jovem Rodrigo Cardoso Patrício, 18 anos, filmou com o celular a formação e a ação do temporal sobre as residências. “Fiquei apavorado com a força do vento em direção a casa da minha avó levando o telhado”, contou Rodrigo.

Não houveram pessoas feridas.

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