sexta-feira, 13 de novembro de 2009

LEITURA É PODER DA COMUNICAÇÃO


A LEITURA LIBERTA O CIDADÃO

Por Vilson Arruda

"Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível, pensante e semelhante a ele próprio, o desejo ou a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram-no buscar meios para isso. Tais meios só podem provir dos sentidos, pois estes constituem, os únicos instrumentos pelos quais um homem pode agir sobre outro. Aí está, pois, a instituição dos sinais sensíveis para exprimir o pensamento. Os inventores da linguagem não desenvolveram esse raciocínio, mas o instinto sugeriu-lhes a consequência" (Rousseau, l987:160).


A partir deste referencial teórico podemos entender que a necessidade do Ser Humano de se comunicar é antropológico. Desde as épocas remotas o Ser humano busca aperfeiçoar os seus métodos de comunicação para se relacionar entre si e com outros grupos, e para isso passou a criar modelos de grafismos.

Entre outras formas de comunicação o “Homem” aprendeu o grafismo da escrita quando criou símbolos de linguagem e passou esse conhecimento e habilidades aos seus descendentes. Assim, o texto é uma forma de se comunicar pela leitura quando o leitor interpreta com clareza a idéia do autor do texto.

O ato de aprender e de construir o conhecimento na escola está associado à dificuldade de ler, e se o aluno não conseguir ler com propriedade e não tiver, em paralelo, oportunidade e condições de desenvolver processos de pensamento que lhe permitirão construir novas idéias, associando as novas informações com conhecimentos e/ou experiências anteriores, dificilmente poderá evidenciar aprendizagem ou aproveitamento de estudos.

“As transformações no âmbito das relações entre o indivíduo e a escrita só podem ocorrer a contento, dentro da escola, se esta for uma questão da comunidade e não, unicamente, da escola” (Foucambert, 1994; 1997). É diante deste exposto que se faz necessário um Projeto de Leiturização, do qual não só a escola e/ou os professores sejam os responsáveis, mas também, outras facções da sociedade, como, por exemplo, a família, a biblioteca, as empresas e as associações de bairro.

Aqui em Viamão, cidade com 230 mil habitantes, onde nasci e resido desde 1957, um fato histórico fatídico para a cultura foi quando o prefeito Alex Boscaini(PT) fechou a Biblioteca Pública, em janeiro deste ano, com o pretexto de reduzir os custos orçamentários. Na tentativa de reverter à decisão eu e mais dois professores estamos fazendo um movimento de reabertura da biblioteca, no entanto, a Câmara de Vereadores e o Conselho Municipal de Educação se omitem. Na contra-mão cultural o prefeito, também professor de história, poderia ter feito um projeto para ampliar e incentivar a leitura dos alunos, porque a leitura favorece o diálogo, a veiculação das idéias, as trocas simbólicas e os atos concretos de construção do ser individual e do ser social, coisa que ele, pelos seus atos, certamente, não os têm.

Sempre proponho aos meus alunos a prática da leitura e da escrita, pois as minhas aulas são planejadas com 50% da leitura de jornais. Todos os dias um aluno alternativamente, lê em sala de aula uma notícia e relata o assunto, e depois de uma reflexão eu tenho observado que há benefícios, pois desta forma se ampliam às oportunidades de crescimento pessoal, bem como das perspectivas de enriquecimento cultural (construção da cidadania) e da interação social e, porque não dizer, da inserção global no seu campo de estudo. Através das leituras narrativas, possibilita-se a inclusão dos excluídos de visão. Sempre defendi que a biblioteca escolar representa um espaço democrático de interação e de acesso à informação. Acredito que as leituras sempre devem ser propostas ao aluno de acordo com a série que ele se encontra, para se torna-las muito mais prazerosa para o estudante.

Afeito a tecnologia de informação e comunicação (TIC) digital, também planejo com os alunos para que eles assistam a um determinado vídeo na internet e depois postem num Blog, que criei para essas atividades escolares digitais, a suas conclusões da leitura da mensagem proposta pelo vídeo.

Vilson Arruda



ALCÂNTARA, Lurdes Beldi. Estudo Sobre Coquição e Simbolozação.

Disponível em: http://www.imaginario.com.br/artigo/a0001_a0030/a0024.shtml

Acesso em: 11 out. 2009



FERREIRA, Sandra Patrícia Ataíde and DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges. A Escola e o Ensino da Leitura. Psicol. Estud. (online). 2002, vol.7, n.1, PP. 39-49. ISSN

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722002000100007&script= sci_pdf&tlng=pt

Acesso em: 10 out. 2009.



RICHE , Rosa Maria Cuba. As Práticas da Leitura e Escrita e a Formação de Docentes

Disponível: www.cce.ufsc.br/~clafpl/80_Rosa_Maria_Cuba_Riche.pdf Acesso em: 11 out. 2009

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