domingo, 6 de junho de 2010

ATRIBUIÇÕES DO BIÓLOGO - 2010

ATRIBUÇÕES DO BIÓLOGO

Por Roberto Takata

A Biologia é o estudo dos processos vitais dos organismos.

O Biólogo pode trabalhar nas indústrias, em instituições de pesquisa, em organizações não-governamentais, em órgãos do governo, em escolas e outras instituições de ensino, em empresas de ecoturismo, em jardins zoológicos e botânicos, em parques e reservas naturais, em empresas de sanitização de ambientes, laboratórios de testes clínicos e outros como pesquisador, consultor ou professor.

O salário médio inicial gira em torno de R$ 2.000,00.

O que faz?

Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o Biólogo poderá:

I - formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa científica básica e aplicada, nos vários setores da Biologia ou a ela ligados, bem como os que se relacionem à preservação, saneamento e melhoramento do meio ambiente, executando direta ou indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos;
II - orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria a empresas, fundações, sociedades e associações de classe, entidades autárquicas, privadas ou do Poder Público, no âmbito de sua especialidade;
III - realizar perícias, emitir e assinar laudos técnicos e pareceres, de acordo com o currículo efetivamente realizado." (Decreto no. 88.438 - 28/06/1983 - art. 3o)

Realiza pesquisa na natureza e em laboratório, estudando origem, evolução, funções, estrutura, distribuição, meio, semelhanças e outros aspectos das diferentes formas de vida, para conhecer todas as características, comportamento e outros dados importantes referentes aos seres vivos; coleciona diferentes espécimes, conservando-os, identificando-os e classificando-os, para permitir o estudo da evolução e das doenças das espécies e outras questões; realiza estudos e experiências de laboratório com espécimes biológicos, empregando técnicas, como dissecação, microscopia, coloração por substâncias químicas e fotografia, para obter resultados e analisar sua aplicabilidade; prepara informes sobre suas descobertas e conclusões, anotando, analisando e avaliando as informações obtidas e empregando técnicas estatísticas, para possibilitar a utilização desses dados em medicina, agricultura, fabricação de produtos farmacêuticos e outros campos, ou para auxiliar futuras pesquisas. Pode cultivar plantas, criar animais e outros espécimes vivos em laboratório, com fins experimentais. (CBO)

1- São as seguintes as Atividades Profissionais do Biólogo:

1 - Na Prestação de Serviços:
1.1 - Proposição de estudos, projetos de pesquisa e/ou serviços;
1.2 - Execução de análises laboratoriais e para fins de diagnósticos, estudos e projetos de pesquisa, de docência de análise de projetos/processos e de fiscalização;
1.3 - Consultorias/assessorias técnicas;
1.4 - Coordenação/orientação de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços;
1.5 - Supervisão de estudos/projetos de pesquisa e/ou serviços;
1.6 - Emissão de laudos e pareceres;
1.7 - Realização de perícias;
1.8 - Ocupação de cargos técnico-administrativos em diferentes níveis;
1.9 - Atuação como responsável técnico (TRT).
(CFBio [Resolução no. 10 - 05/06/2003 - art. 1o])

Pode ainda dar aulas no ensino básico e superior.

Especialidade
2- São as seguintes as Áreas e Subáreas do Conhecimento do Biólogo:

2.1 - Análises Clínicas.
2.2 - Biofísica: Biofísica celular e molecular, Fotobiologia, Magnetismo, Radiobiologia.
2.3 - Biologia Celular.
2.4 - Bioquímica: Bioquímica comparada, Bioquímica de processos fermentativos, Bioquímica de microrganismos, Bioquímica macromolecular, Bioquímica micromolecular, Bioquímica de produtos naturais, Bioenergética, Bromatologia, Enzimologia.
2.5 - Botânica: Botânica aplicada, Botânica econômica, Botânica forense, Anatomia vegetal, Citologia vegetal, Dendrologia, Ecofisiologia vegetal, Embriologia vegetal, Etnobotânica, Biologia reprodutiva, Ficologia, Fisiologia vegetal, Fitogeografia, Fitossanidade, Fitoquímica, Morfologia vegetal, Manejo e conservação da vegetação, Palinologia, Silvicultura, Taxonomia/Sistemática vegetal, Tecnologia de sementes.
2.6 - Ciências Morfológicas: Anatomia humana, Citologia, Embriologia humana, Histologia, Histoquímica, Morfologia.
2.7 - Ecologia: Ecologia aplicada, Ecologia evolutiva, Ecologia humana, Ecologia de ecossistemas, Ecologia de populações, Ecologia da paisagem, Ecologia teórica, Bioclimatologia, Bioespeleologia, Biogeografia, Biogeoquímica, Ecofisiologia, Ecotoxicologia, Etnobiologia, Etologia, Fitossociologia, Legislação ambiental, Limnologia, Manejo e conservação, Meio ambiente, Gestão ambiental.
2.8 - Educação: Educação ambiental, Educação formal, Educação informal, Educação não formal.
2.9 - Ética: Bioética, Ética profissional, Deontologia, Epistemologia.
2.10 - Farmacologia: Farmacologia geral, Farmacologia molecular, Biodisponibilidade, Etnofarmacologia, Farmacognosia, Farmacocinética, Modelagem molecular, Toxicologia.
2.11 - Fisiologia: Fisiologia humana, Fisiologia animal.
2.12 - Genética: Genética animal, Genética do desenvolvimento, Genética forense, Genética humana, Aconselhamento genético, Genética do melhoramento, Genética de microrganismos, Genética molecular, Genética de populações, Genética quantitativa, Genética vegetal, Citogenética, Engenharia genética, Evolução, Imunogenética, Mutagênese, Radiogenética.
2.13 - Imunologia: Imunologia aplicada, Imunologia celular, Imunoquímica.
2.14 - Informática: Bioinformática, Bioestatística, Geoprocessamento.
2.15 - Limnologia.
2.16 - Micologia: Micologia da água, Micologia agrícola, Micologia do ar, Micologia de alimentos, Micologia básica, Micologia do solo, Micologia humana, Micologia animal, Biologia de fungos, Taxonomia/Sistemática de fungos.
2.17 - Microbiologia: Microbiologia de água, Microbiologia agrícola, Microbiologia de alimentos, Microbiologia ambiental, Microbiologia animal, Microbiologia humana, Microbiologia de solo, Biologia de microrganismos, Bacteriologia, Taxonomia/Sistemática de microrganismos, Virologia.
2.18 - Oceanografia: Biologia Marinha (Oceanografia biológica).
2.19 - Paleontologia: Paleobioespeleologia, Paleobotânica, Paleoecologia, Paleoetologia, Paleozoologia.
2.20 - Parasitologia: Parasitologia ambiental, Parasitologia animal, Parasitologia humana, Biologia de parasitos, Patologia, Taxonomia/Sistemática de parasitos, Epidemiologia.
2.21 - Saúde Pública: Biologia sanitária, Saneamento ambiental, Epidemiologia, Ecotoxicologia, Toxicologia.
2.22 - Zoologia: Zoologia aplicada, Zoologia econômica, Zoologia forense, Anatomia animal, Biologia reprodutiva, Citologia e histologia animal, Conservação e manejo da fauna, Embriologia animal, Etologia, Etnozoologia, Fisiologia animal/comparada, Controle de vetores e pragas, Taxonomia/Sistemática animal, Zoogeografia."

(CFBio [Resolução no. 10 - 05/06/2003 - art. 2o])

CROMATOGRAFIA - EXERCÍCIOS - UFRGS

REGESD - UFGRS

DISCIPLINA DE BIOFÍSICA

Aluno: Vilson Antonio Arruda

Exercícios de cromatografia

1-A fase móvel é a substância (geralmente líquida) que induz a migração da mistura.
2-A razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente é conhecida como o fator de retenção.
3- A cromatografia consiste em um método de análise físico-químico, que permite identificar e quantificar variadas misturas de compostos químicos, que tenham sido separados por um processo chamado migração diferencial, que ocorre devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis, a fase estacionária e a fase móvel.
4-Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte. O suporte mais típico é uma placa de vidro (outros materiais, como folhas pré-recobertas por alumina ou silicagel, podem ser usados).
5-A fase estacionária ou fixa consiste em uma substância que absorve a mistura sob exame.
6- A técnica de cromatografia separa as moléculas pela polaridade e massa, enquanto a técnica de eletroforese separa pela carga e massa.
7- A cromatografia em papel é uma técnica que se baseia na diferença de solubilidade das substâncias em questão entre duas fases imiscíveis, sendo geralmente a água um dos líquidos.

PRÁTICA DOCENTE E ÉTICA


PRÁTICA DOCENTE E ÉTICA

A prática docente, na atual conjuntura, está sendo questionada pelos diferentes segmentos da sociedade. Temos em vista uma nova ordem na educação. Estão preparando um tipo de ENEM para avaliar os professores. Nós professores estamos avaliando os alunos desde os tempos dos jesuítas e agora chegou a nossa vez de prestarmos contas para a sociedade brasileira. A maioria dos professores questiona se isto é justo ou ético. Moral ou imoral.
Entendo que educar não é tarefa única da escola, mas o enfoque humanístico da educação confere a ela a responsabilidade de transmitir conhecimentos e ampliar horizontes do ser humano pela condição de ser, a educação, um direito fundamental do homem.
Eu mesmo fico muitas vezes perdido. Perplexo com as adversidades que ocorrem na sala de aula, e creio que com o tempo ficamos superados pelos novos valores que a sociedade nos impõe. Às vezes me questiono se há ausência de valores, ou os valores é que mudaram e eu continuo no tempo passado. A educação é um processo continuado e humano, uma consequência da interação com a família, do acesso aos bens culturais e da infraestrutura de uma escola. Estamos mergulhados numa violência sem precedentes dos jovens no colégio, talvez motivados pelo atual modelo cultural vigente e apoiado por uma mídia sem controle que apóia a liberdade sexual, tolerância excessiva dos pais, falta de limites, ausência de valores, e adultinização precoce. Esses fatores desencadeiam procedimentos inadequados de conduta na sala de aula e a perda da autoridade do professor, diretor e serviços de monitoria criando um clima para que se crie um ambiente desajustado ao trabalho educativo.
Eu entendo que sempre existiram práticas de autoritarismo entre os seres humanos no âmbito escolar, só que agora começamos a discutir também isso na escola. Paulo Freire tem uma frase poderosíssima que é o fundamento ético mais importante da escola: “Não há saber melhor ou pior, há saberes diferentes”. Esse é um princípio cientificamente comprovado. A Editora Vozes acabou de publicar o livro de Sandra Jovchelovitch, “Os Contextos do Saber”, no qual ela analisa lindamente o saber e mostra que implica paixão, emoção, que o saber impacta a história de vida das pessoas. Essa nova pedagogia é libertadora, pois mostra que não se pode falar em um saber melhor ou pior.
Observo que a população de certo modo já começa a tomar consciência dessa ausência de critérios éticos na vida cotidiana, iniciando reações no sentido de cobrar dos governantes medidas éticas para acabar com a impunidade.
Formular uma educação ética não é fácil. O Estado autoritário, o proselitismo das religiões e democracia laica com sua visão puramente temporal do ser humano, constitui-se em fatores que dificultam essa formulação, mas o educador não pode desistir de buscar um caminho para formar a consciência da juventude, pois é a partir dela que se pode construir uma sociedade de justiça e liberdade.
Acredito que a capacitação docente supervalorizada para o êxito qualitativo da educação necessita pilares básicos para que isso aconteça: a interação com os pais dos alunos e políticas públicas que promovam medidas disciplinares adaptadas à realidade da escola. Não basta ao professor o domínio didático curricular, mas uma formação humana negando o autoritarismo. É preciso na escola um projeto que permite articular projeto pedagógico com o humano para que ocorra a educação pelos afetos onde se concretize uma educação de qualidade onde reine a confiança, a transmissão da segurança e predomine a interação do professor com o aluno através do diálogo e do respeito cooperativo.

A educação é um ato de fé. E é nisto que acredito.

Autor: Vilson Arruda

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