domingo, 23 de setembro de 2012

VENTOS DE LISBOA 01- HOMENAGEM A CYCERO MOREM PEIXOTO


VENTOS DE LISBOA 01
Em homenagem a Cycerio Morem Peixoto o viamonense



Por Haroldo de Oliveira Franco


Pois nem sei onde começar a contar esta minha experiência em Lisboa. Acho que nada melhor que pelo início. O vôo...que graças a Terezinha Mércio, que tem acendido uma vela para sua santa de devoção toda a vez que inicio e termino um vôo, tudo tem transcorrido as mil maravilhas.Vôos tranqüilos,com pouquíssima turbulência e, logo,sem me borrar muito. Serviço de primeira , e claro que, nada parecido com a VARIG do tempo do Beto e do Doia, mas muito bom para os padrôes de economia de hoje.
Como é lógico, o motorista deu-me uma cravadinha no preço,doença já institucionalizada por essa profissão no mundo inteiro.Mas, uma voltinha a mais nunca deve estragar a primeira impressão que se tem do país.Aguenta-se...
Assim sendo, declaro meu amor por Lisboa. Estou encantado... Nunca pensei que esta cidade estaria neste grau de desenvolvimento turístico.Em traços gerais, uma eficiente rede de transporte urbano entre os bairros mais afastados e cidades vizinhas que fazem a Grande Lisboa. Trens, ônibus, bondes, metrôs a cada segundo nos transportam aos mais longínquos pontos deste metrópole e outros que a unem a todas as capitais da Europa.
A cidade é limpa em quase todos os seus pontos, inclusive nas paradas, estações, gares e deques fluviais. Horários cumpridos com rigidez e meios de transporte com o conforto necessário.
Distribuida por sete colinas, fundada , segundo a lenda por Ulisses, mas na verdade por bárbaros vindos do norte, sua colonização perde-se nos séculos passados.Tem sido visitada e dominada por muitos povos mas, indiscutivelmente, os que mais deixaram marcas foram os árabes, provenientes do Império Otomano, que na época dominaram o mundo e com uma grande habilidade administrativa conseguiram manter sua permanência por muito tempo.Não dominavam com tirania e exigiam apenas um pequeno (ou grande) dízimo deixando que os povos dominados continuassem dançando e cantando suas músicas, comendo seus alimentos tradicionais e, até mesmo, professando suas crenças.
Aqui em Lisboa, para não fugir a regra, aconteceu o mesmo e, assim que os otomanos, com a sua sabedoria nos terrenos da matemática, física, astronomia etc... se instalaram, Lisboa e Portugal se beneficiaram dessa cultura.
Mas, bem antes disso os romanos no século 2 a.C. aqui chegaram e o entreposto comercial de Olisipo, já anteriormente dado pelos gregos, numa alusão a Ulisses, foi acupado em 138 a.C.
A Lisboa Romana foi invadida por bárbaros do norte, godos e visigodos que posteriormente foram varridos pelos mouros que aqui se estabeleceram em 714.
O reino português, foi fundado depois de um cerco de três meses sobre os mouros, por D. Afonso Henriques, separado do futuro reino espanhol de Leão.Seus exércitos chegaram em 1147.
Com autonomia administrativa, Portugal lançou-se aos mares, tornando-se a maior potência naval da época.Sua maior conquista foi a bem documentada viagem de Vasco da Gama à India, que durou quase um ano, iniciando o comércio das especiarias com exclusividade.
A Espanha tinha usurpado o trono português em 1581, depois da morte de Dom Sebastião e de grande parte da nobreza do país em uma campanha malsucedida no norte da África.O golpe de 1640 contra o palácio real de Lisboa restituiu a autonomia e proclamou o Duque de Bragança como o Rei de Portugal.
Outra data marcante foi o dia primeiro de novembro den1755, Dia de Todos os Santos, quando Lisboa foi atingida por um forte terremoto seguido de diversos outros abalos e maremotos.A cidade ficou destruída...
Em 1908, Dom Carlos e seu sucessor foram assassinados no Terreiro do Paço e, em seguida em 1910, no dia 05 de outubro a República foi formalizada.
Em 1933, Antonio de Oliveira Salazar foi chamado a compor um governo para resolver a crise financeira do país.Na verdade tornou-se um ditador depois de Constituição que passou pelo Congresso.
A Revolução dos Cravos, em 1974, depôs o sucessor de Salazar, Marcelo Caetano, quase sem derramamento de sangue por um grupo de capitães do exército em 25 de Abril.

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