segunda-feira, 9 de julho de 2012

SINVIA SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE VIAMÃO EM CRISE INTERNA - 2012

Assembleia do funcionalismo municipal termina em tumulto, bate-boca, protesto e aumento de 53% na contribuição sindical.


Assembleia Geral do Sindicato dos Municipários de Viamão (SIMVIA) realizada na sexta-feira, 04, de maio, às 19 horas no salão da Intersindical, no centro da cidade, terminou em tumulto, bate-boca e protestos. O tumulto iniciou, após o resultado da votação que aumentou o valor da contribuição sindical do funcionalismo de R$ 13,00 para R$ 20,00, representando um aumento de 53% no bolso dos funcionários da prefeitura de Viamão, que já vem recebendo um salário minguado. Os contrários ao aumento argumentam que o valor majorado, é maior que o último índice de 15% de reposição salarial concedido pela prefeitura em 2011.

Indignado, o fiscal fazendário, Jarbas Canabarro, 48 anos, disse que foi na assembléia pensando que haveria prestação de contas da Diretoria do SIMVIA, mas para sua surpresa quando chegou lá a pauta era outra. “Fiquei surpreso quando a presidente Maria Izabel Garcia, no início da reunião leu a pauta, sobre o reajuste da contribuição sindical para R$ 20,00 e propondo um aumento da verba de representação dos diretores do sindicato fiquei indignado”, contou Canabarro. Segundo, Canabarro, a presidente Izabel justificou o aumento de 53% da contribuição sindical para todos os funcionários, argumentando que o pedido partiu dos servidores da secretaria municipal de obras (SMOV) que estavam sendo representados naquele momento pelos funcionários Mário Crao, Ulisses e Paulo. “O servidor Guedes da Secretaria do desenvolvimento econômico defendeu ferrenhamente esse aumento absurdo”, criticou Canabarro, e emendando diz que havia na reunião apenas 20 sócios e questiona: “Como pode alguns sócios decidir por um universo de 1.138 sócios?”.

A professora municipal, Jaqueline Ludvig, 38 anos, não participou da reunião, mas é contra o aumento, explicando que historicamente a mensalidade sempre foi de 1% sobre o salário básico de cada servidor. Ela conta que a atual Diretoria do sindicato, alterou a forma de fixar o valor da contribuição sindical , através de uma assembleia, quando foi fixado o valor de R$ 13,00. “Naquela época já houve indignação dos municipários”, disse Jaqueline. Ela conta não participou da última assembleia porque não foram na escola, onde trabalha, entregar o edital da convocação. “O Estatuto do Sindicato, no seu artigo 31, é bem claro e diz que: Além de publicação em Jornal local também deve ser complementada a convocação do sócio através da distribuição de panfletos e outros meios disponíveis”, explicou Jaqueline. Ela também questiona que se o sindicato tem dois veículos, por que não foram levar as convocações nas escolas? “Se não foram, nas escolas entregar o edital de convocação, suponho que não havia interesse da participação de todos”, finalizou.

O ex-presidente do Sindicato, Wladimir Goulart, 44, disse que desfiliou-se da organização por discordar da forma de contribuição mensal que, passou de 1% para a contribuição fixa de R$ 13,00, o que pesa, sumariamente, no bolso do funcionalismo. “Também não concordo com este novo aumento da contribuição de R$ 13,00 para R$ 20,00, por que não tivemos um aumento salarial compatível com esse reajuste que chega ao absurdo de 53%.

Edson da Silva Machado, vigilante, 57 anos, disse que o aumento é uma aberração porque o valor da contribuição foi maior que a reposição salarial, de 15%, em 2011. “A intransigência maior foi a presidente Maria Izabel Garcia ter negado a recontagem dos votos que solicitei por três vezes, pois era visível entre os vinte presentes, que os contrários ao aumento era a maioria”.

A presidente do Simvia, Maria Izabel Garcia, no final da reunião argumentou que a votação foi normal e o aumento da contribuição está dentro dos parâmetros legais do estatuto. Perguntado quanto ganha de verba de representação sindical (compensação salarial) na condição de presidente, disse que o valor é de R$ 1.200,00.

Jarbas Canabarro, disse que diante dos fatos os descontentes irão solicitar, via protocolo, que o prefeito Alex Boscaini, não autorize o desconto de R$ 20,00, até que ocorra uma nova assembleia geral aberta com a participação da grande maioria dos associados e imprensa devidamente convocados conforme o artigo 31 do Estatuto do Sindicato.

Barrado na entrada, o vereador Joãozinho da saúde (PMDB), foi impedido pelos seguranças de participar da assembleia. Indignado disse que ao invés da Diretoria do sindicato lutar por salários dignos para o funcionalismo, ao contrário, faz uma assembleia para aumentar em 53% a contribuição sindical, onerando mais ainda o bolso dos municipários. “Isso é uma sacanagem e um presente de grego (no dia do Trabalhador) para o quadro do funcionalismo”, concluiu Joãozinho.

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