segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ESCOLA TECNICA FEDERAL EM VIAMÃO - AUDIÊNCIA PÚBLICA

ESCOLA TECNICA FEDERAL



Audiência pública traça
futuro da instituição em Viamão


Sessão Solene reuniu comunidade e autoridades locais para debater a implantação de escola técnica federal em nosso município. Comissão formada vai acompanhar todo o processo
Com o objetivo de debater a implantação de um campus do Instituto Federal do Rio Grande do Sul em nosso município, aconteceu na última quarta-feira, na Câmara de Vereadores a Audiência Pública “O perfil da Escola Técnica que queremos”. A iniciativa em conjunto foi dos vereadores petistas Serginho Kumpfer, Maninho Fauri e Dédo Machado e tinha também, como tarefa, mobilizar a comunidade para definir quais os cursos técnicos que farão parte do currículo escolar da futura instituição.

“Queremos aqui discutir e encontrar quais as vocações que poderão ser exploradas nos cursos técnicos que serão implantados. A presença dos coordenadores e diretores do IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul) vai nos ajudar a avaliar, neste momento, a etapas que devemos construir até que a nossa escola técnica esteja funcionando”, explicou Serginho Kumpfer. Além dos vereadores proponentes da Audiência Pública, formaram a mesa diretora dos trabalhos os representantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Amilton Figueiredo (Campus Restinga), Paulo Roberto Sangoi (Campus Porto Alegre) e Janete Jachetti (Campus Canoas), o representante da 28ª CRE, o coordenador adjunto Luciano da Silva e o diretor geral da Secretaria Municipal de Educação, Belini Romanzini.

O avanço do Ensino Profissionalizante
O diretor geral do IFRS, Paulo Roberto Sangoi, destacou o crescimento do ensino profissionalizante de nível médio no Brasil nos últimos anos, depois da aprovação da legislação federal que possibilitou a expansão da rede de ensino técnico, uma bandeira do governo atual e do anterior, também. “A unificação dos institutos educacionais também mudou a realidade do setor e saltamos de cerca de 140 instituições há dez anos, para mais de 300 hoje em dia”, comenta Sangoi.

Ainda assim ele afirma que estamos muito longe de uma situação ideal, já que o Brasil acordou muito tarde para a profissionalização em Nível Médio. “Estamos defasados há muitos anos no Brasil. Outros países, em todo o mundo, têm políticas de investimento pesado na área tecnológica e como resultado disso, também investem muito no ensino profissionalizando de nível médio”, argumenta.

Sobre a necessidade de optar por alguns cursos que serão ministrados no futuro campus de Viamão da IFRS, Sangoi tranqüilizou os presentes ao encontro dizendo que atualmente, no Brasil, e principalmente nos grandes centros metropolitanos, a demanda é grande por qualquer tipo de técnico especializado. “Dados do MEC apontam que 70% dos alunos de escolas técnicas concluem o curso já empregados, resultado da carência de profissionais no mercado de trabalho. Não será diferente com os estudantes de Viamão”, aposta Sangoi.

Programa de necessidades
Já o diretor do campus Restinga da IFRS, Amilton Figueiredo, destacou que a comunidade tem um prazo de 150 dias para definir a área para a instalação da Escola Técnica na cidade. “Este é o prazo que o Governo Federal deu às cidades que foram contempladas com investimentos em ensino profissionalizante. E durante este tempo também deve ser discutido o perfil dos cursos que a comunidade considera necessários para a formação de novos profissionais para a região”, defendeu.

Segundo Figueiredo, o programa de necessidades entregue à municipalidade explica todos os condicionantes para a escolha da área onde será construída a escola. Entre os requisitos está a previsão de toda a infraestrutura instalada e pleno acesso de serviços básicos (água, energia elétrica, telefone, pavimentação) e terreno com área mínima de 2 a 5 hectares. Além disso, é preciso que o domínio seja pleno, para doação à União. “A área deve estar desembaraçada, de domínio exclusivo da prefeitura para ser repassado ao Governo Federal, e isso deve estar resolvido dentro dos 150 dias que já estão correndo” lembrou Amilton Figueiredo.

Duas áreas serão oferecidasRepresentando a Prefeitura Municipal, o diretor geral da Secretaria de Educação, Belini Romanzini, disse que a municipalidade tem duas opções para a instalação da escola técnica em Viamão e que a prioridade é a área do antigo Instituto Ana Jobim, na RS040 (parada 36), na entrada da Vila Cecília. “Pela grande possibilidade de acesso e por estar em uma região de grande concentração demográfica, apostamos naquela área para abrigar a escola técnica, é o nosso ‘plano A’, com certeza”, afirmou. A outra área que a prefeitura considera possível a instalação é a área que o município possui junto à Estrada Acrísio Prates, no Fiúza, onde hoje funciona a Granja da Secretaria Municipal da Agricultura. “Sabemos que é uma região menos central, mas sua proximidade com o Centro pode ser um ponto positivo. Fora estas duas áreas, não temos outra alternativa viável, por isso apostamos todas as fichas na definição do terreno do Instituto Ana Jobim,” concluiu Belini.

O vereador Dédo Machado, um dos proponentes da Audiência Pública afirmou estar preocupado com a falta de opções e espera que novas áreas sejam viabilizadas para a escolha do local de instalação da escola “O que não podemos é ficar sem a escola por falta de opções. Novas áreas devem ser prospectadas, porque o prazo já está correndo e 150 dias é muito pouco tempo para aprontarmos toda a documentação. Foi uma grande luta conseguir trazer para Viamão um investimento deste porte. Não seria justo, agora que estamos a um passo de termos uma nova instituição de ensino profissionalizante, que tudo fosse perdido por falta de um terreno”, reclamou.

Comissão de acompanhamento
Durante o encontro ficou definida a criação de uma comissão de acompanhamento de todo o processo de instalação da instituição de ensino, que vai contar com a participação de entidades representativas da sociedade viamonense, e auxiliar na escolha dos cursos que serão ofertados aos estudantes do município. “O importante é que o processo seja democrático e com a participação de toda a comunidade, independente de onde a escola vai se instalar. Quem ganha é a nossa cidade que vai contar com mais uma instituição de nível médio, oferecendo alternativa de formação, emprego e renda para os viamonenses”, comemorou Maninho Fauri.
Entre as entidades que já se colocaram à disposição da comissão estão a Acivi, a OAB/Viamão, a Saev, a cooperativa habitacional Coohrreios e comunidades das escolas estaduais Airton Senna, da Vila Augusta, Minuano, da região da Viamópolis, Instituto de Educação Isabel de Espanha e Escola Técnica de Agricultura que estiveram representadas na Audiência Pública pelos seus diretores.

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Eduardo Escobar
MTb nº 13.657
Fone 51 - 8442.0917
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Viamão - RS

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