segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PROJETO DE REAPROVEITAMENTO DO ÓLEO DE COZINHA PARA SABÃO E SABONETES

Projeto Olho Vivo nos Óleos
é apresentado à Secretaria de Educação



Em busca da preservação do meio ambiente, foi apresentado à Assessoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), nesta segunda-feira (29), o Projeto Olho Vivo nos Óleos. A iniciativa tem o objetivo de dar a destinação correta ao óleo de cozinha e, mais do que isso, reaproveitar o material com a produção de sabão e sabonetes.

A ação foi idealizada pela professora Vera Lúcia de Oliveira, em conjunto com a professora Maria Helena Reis, o militar do Comando Ambiental da Brigada Militar de Porto Alegre, Paulo Cezar Oliveira de Lima, e o filho do casal e estudante de Engenharia de Alimentos da UFRGS, Vinicius Rios de Lima.

Maria Helena, que dá aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Cecília Meireles, fala sobre o projeto. “Além de buscarmos dar uma destinação correta ao óleo, a ação também visa à conscientização por parte dos alunos, professores e a sociedade em geral”, destaca.

Com o projeto, a professora explica que o óleo de cozinha, em vez de ser despejado na pia da cozinha e entupir encanamentos e tubulações, será reciclado e utilizado como matéria-prima na produção de sabão e sabonetes. “Se não dermos a destinação correta para o óleo, ele trará grandes impactos ambientais. Uma das conseqüências, por exemplo, é que o material engrossa a massa de poluentes que saturam rios e represas”, completa.

Os alunos serão estimulados a levarem para a escola garrafas pets contendo o óleo de cozinha, que será encaminhado pelo coordenador do projeto para a Igreja Presbiteriana Renovada de Viamão, onde será reciclado e transformado em sabão e sabonete. Após a confecção do material, o coordenador irá disponibilizar uma amostra do produto final para os alunos participantes.

“No momento em que o óleo é transformado em sabão, ele é degradado por bactérias e volta para a terra. Desse modo, nós conseguimos manter um ciclo de sustentabilidade”, afirma o estudante de Engenharia de Alimentos. Vinicius explicou que uma gota de azeite despejada na água equivale a 50 litros de água poluída. Um litro, portanto, tem a capacidade de poluir um milhão de litros de água, fato que demonstra a necessidade de conscientização da comunidade.

A produção de sabonetes
A segunda etapa do projeto, que é a confecção dos sabonetes e sabão, será coordenada pela professora Vera. Para ela, a ação também vai gerar uma economia solidária à população carente. “A família que passa fome não vai se preocupar com sabonete. É por isso que essa é também uma forma de ajudá-los, pois é uma produção de baixo custo. O material mais caro é a soda cáustica, que custa em torno de R$ 7,00 o kg. Este um quilo, no entanto, é capaz de produzir 24 barras de sabão.”
Diversos tipos de sabonete serão confeccionados com o Projeto Olho Vivos nos Óleos, como o sabão, sabão em pó, sabão líquido, sabonete perfumado, sabonete decorativo, entre outros. “Nós queremos estimular a população a contribuir com a economia solidária através da transformação de resíduos poluentes em formas alternativas de confeccionar produtos de limpeza e higiene pessoal”, explica Vera.
Marcelo Peixoto, professor de química da escola Cecília Meireles, contou sobre sua experiência. “Fiz esse trabalho com as minhas turmas de ensino médio. Eles gostaram bastante e foi muito gratificante. É uma forma de vincular a disciplina aos aspectos ambientais não só dentro da sala de aula, mas no laboratório também.”
A proposta foi aceita de antemão pelo diretor-pedagógico da SME, Belini Romanzini, que parabenizou os idealizadores pela iniciativa e fez o encerramento do encontro. “A partir do momento que conseguirmos conscientizar, pelo menos uma turma de alunos, já estaremos exercendo nosso papel como cidadãos viamonenses”, ressalta.

Texto e fotos: Natália Maciel

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