Capacitações discutem
valores e emoções na escola
Textos e fotos: Letícia Pusti,
Rose Scherer e Tamires Fonseca
Repensando as práticas pedagógicas na escola, o Congresso sobre Formação Continuada de Professores, promovido pela Prefeitura de Viamão e realizado pela produtora de eventos Futuro, discutiu na manhã desta terça-feira, dia 19, os valores e a ética nos dias atuais, interagindo e estimulando a relação com os alunos e pais.
A palestra de Zita Lago, mestre e doutora em Educação e graduada em filosofia, discorreu sobre ética, legalidade e valores. Zita iniciou sua fala com um enigma: “Nem tudo que é legal é ético e nem tudo que é ético é legal”. A doutora em educação explicou que partimos de uma educação de valores, que difere em diferentes culturas e gerações. “Hoje nos deparamos com novos paradigmas legais, culturais, financeiros, da família, etc, que nos fazem rever o valor da convivência e da união”, expressa Zita.
A doutora explica que as pessoas se acomodam nas suas zonas de conforto e passam a ter ações não conscientes e conscientes do mesmo modo inconsciente. “Está na hora de mudarmos, não basta só nos indignarmos, temos que levantar e falar. A escola pode sim fazer a diferença”, exclama a palestrante. Segundo ela, a categoria de professores está muito conformada, trabalhando apenas a grade curricular, esquecendo que os alunos são seres emotivos. “Se não nos metermos, não intervimos, não ‘tocarmos’ os alunos, não estaremos trabalhando a sensibilidade dos alunos e de nós mesmas. E com isso, perdemos a emoção e caímos na ação inconsciente. A mudança depende de nós”, finaliza.
Conquistando os alunos
A discussão sobre as melhores formas de interação entre professores e alunos foi o tema da palestrante Isabel Parolin, mestre em Psicologia da Educação. De acordo com ela, só há aprendizagem quando se tem uma interação entre o professor e o aluno.
“A sociedade é ‘aprendente’, pois a cada dia que passa ela sofre diversas mudanças, até que aprenda como agir perante o diferente. Com uma sociedade mais ética e cidadã, a interação entre os seres seria bem maior”, explica Isabel. Questionada sobre como se deve interagir com um aluno deficiente, a palestrante falou que a interação deve ser a mesma, porém com maior cuidado, mas nunca privar a criança, que possui qualquer deficiência, de se juntar, correr, rir e brincar com os seus colegas de aula. “Entrosamento, interação e acolhimento deve ser unido pelo mesmo objetivo, que é a educação, seja qual for a situação do aluno”, conclui.
Construção da formação ética e moral
A palestra O brincar para crianças e adolescentes: valores, ética e cidadania para toda a vida tratou da construção da formação ética e moral de crianças e adolescentes na escola, através de jogos e brincadeiras utilizadas como material pedagógico.
A abordagem inicial apresentou aos participantes a concepção de certo e errado para as crianças e a partir disso, os modos com os quais deve-se trabalhar e utilizar as brincadeiras como parte do desenvolvimento e amadurecimento delas nas escolas.
Segundo a palestrante e mestre em Educação, Ana Cristina Souza Rangel, o espaço oferecido para o brincar nas escolas é essencial. “É nele que o aluno se sente parte de algo e seja integrado à sociedade. Além disso, jogos tendem a melhorar a qualidade de ensino, pois facilitam o aprendizado de diferentes áreas do conhecimento, como a matemática, por exemplo”, encerra Ana Cristina.
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